“As verdades necessárias ao homem, facilmente se aprendem, se alguém
nô-las ensinar, mas ninguém nô-las ensinará, a não ser que para elas Deus
nos indique o caminho. É preciso que alguém venha nos instruir sobre o
modo como devemos nos relacionar com Deus e com o ser humano.”
(Platão).
Os maiores sábios do passado já sentiam o drama da corrupção do ser humano distante de Deus. Eles se viam incapazes de salvar a humanidade do seu estado de abatimento moral e espiritual. As melhores opiniões humanas não são um guia suficiente, nem regra de conduta eficaz, pois são variadas e contraditórias. A natureza e a razão são reinvindicadas como juízas das ações humanas, mas se mostraram, ao longo do tempo, incompletas e ineficazes como guias do homem.
Se nos assustamos com o que vemos hoje em nossa sociedade, veja um pouco do que acontecia com as pessoas sem verdadeiro Deus. A massa pagã era totalmente depravada em seu caráter moral, mesmo nas eras mais florescentes das civilizações grega e romana. Escritores testificam que os maiores crimes eram apoiados pelos argumentos e exemplos de certos moralistas e filósofos. E até a religião sancionava crimes grosseiros.
Em Corinto, havia um templo de Vênus com mil mulheres devotas que traziam o produto de sua prostituição aos tesouros da deusa. Os babilônios tinham um templo ao qual obrigavam religiosamente toda virgem ir para fins impuros. Catão, exaltado como o mais perfeito modelo de virtude, foi réu de prostituição e mais tarde suicidou-se. No Ceilão, adoravam-se os demônios. Os hindus reconheciam um ente Supremo, porém nunca o adoravam. Seus escritos incentivavam o suicídio, sacrifícios humanos e a cremação de viúvas de um modo assustador. Os chineses queimavam papel de ouro diante de seus ídolos, na suposição de que o ouro se mudaria em dinheiro no outro mundo e serviria aos pobres para pagar a entrada deles no céu. Os bengaleses reconheciam milhares de deuses, entre os quais estão o macaco, a serpente, pedaços de madeira. Eles acreditavam que, depois da morte, o homem volta na forma de um gato, um cão, um verme, etc. Os Trugus da Índia, armavam ciladas e assassinavam os estranhos como um ato de dever religioso. Selvagens da Nova Zelândia se deleitavam na guerra, matavam e comiam seus prisioneiros, acreditando que o ente Supremo é um grande antropófago invisível.
Diante do quadro e da maldade que se multiplica em nossos dias, a conclusão é uma só: a graça de Deus é sem limite. Se Deus não viesse em auxílio da humanidade, por falta de aptidão e iniciativa, o homem nunca chegaria ao conhecimento de Deus. Mas “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo” (II Cor. 5.19).
Rev. Iziquiel Mathias da Rocha – 05/10/2014