Certa senhora cristã, inválida, privada de suas atividades por uma séria enfermidade, encontrou uma maneira de ser útil na obra do Senhor, correspondendo-se com presidiários. Essas cartas cheias de compaixão foram instrumentos para conversão de vários detentos. Então, alguém lhe sugeriu que escrevesse a um moço que aguardava sentença na prisão de Nagoya, no Japão. Aquela senhora logo lhe enviou uma carta. Ao receber a carta, o Senhor abriu o coração daquele rapaz e a vida dele foi completamente transformada. A partir daí, ele começou a ajudar os colegas detentos e a falar-lhes sobre a salvação em Cristo. Outros prisioneiros também se converteram. A vida daquele rapaz ganhou um sentido ali na prisão.
Cheio de alegria e paz, sua fé e comunhão com Deus se robusteceram e ele se tornou um homem de oração vitoriosa. Decidiu, então, orar pela senhora que lhe enviou a carta e ela foi completamente curada de sua enfermidade. Após sua conversão, ele leu o Novo Testamento e se impregnou dele inteiramente. Tornou-se um cristão verdadeiro e a igreja o recebeu como membro, mesmo na prisão. Quando chegou o dia da execução daquele moço, foi-lhe ministrada a Ceia do Senhor, pelo pastor que contou esta história.
Aquele rapaz estava calmo, tranquilo e feliz. Deram-lhe a oportunidade de escolher sua última refeição. Ele pediu um bolo. A igreja lhe preparou um. Minutos antes de sua morte, nos degraus que subiria para o cadafalso de sua execução, ele comeu o bolo, distribuiu fatias aos oficiais que iriam executá-lo. A seguir, de forma bem simples, mas com o poder do alto, impressionou a todos com a mensagem da salvação em Cristo. Ali, o condenado era a única pessoa serena no meio daquele grupo agitado e comovido pelo testemunho da vida, das atitudes e das palavras daquele jovem salvo.
Pareceu o absurdo do legalismo condenar á morte um homem como aquele, mas Impunha-se executar lei. Logo após aquele bolo, ele subiu os degraus cantando: “Mais perto quero estar, meu Deus, de Ti.” Quiseram por-lhe o capuz preto, mas ele o recusou, dizendo: “não tenho medo”. Assim foi executado, cantando: “Mais perto quero estar, meu Deus, de Ti”.
A salvação transforma uma tragédia em uma vitória indizível. Eis a razão por que o autor aos Hebreus escreveu:
“Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação?”
Iziquiel Mathias da Rocha