É impressionante como a Bíblia tem uma orientação para cada situação de nossas vidas! Nela, todas as áreas das atividades humanas podem encontrar ensino seguro, prático e com a garantia de resultados positivos. O cristão é um mordomo de Deus, todos os recursos de que ele dispõe vêm de Deus e devem ser administrados com sabedoria, para seu bem estar e para a glória de Deus.
Aliás, a expressão “meu dinheiro” é inadequada para aquele que se considera um “mordomo” de Deus. Trocando em miúdos: se eu já tirei do meu salário o dízimo e uma oferta e os trouxe à igreja, a outra parte também é de Deus.
Ele a coloca em minhas mãos para eu administrá-la, para suprir minhas necessidades e cumprir as responsabilidades sociais. Tudo está à minha disposição para eu gastar conforme bem me apraz, porém com sabedoria e responsabilidade.
Para servir a Deus, não preciso fazer votos de pobreza. Dinheiro é uma bênção de Deus e entre os justos da terra houve muitos ricos (Abraão, Gên 13:6; Jó, Jó 1:1-3; Rei Davi e Rei Salomão; José de Arimatéia, Mat. 27:57). O dinheiro é abençoado por Deus, vem do trabalho onde Deus me abriu as portas, para o qual Deus me capacitou e com a finalidade de servir de bênção para mim, minha família e igreja.
Por outro lado, hoje há igrejas que dizem que a prosperidade é evidência da fidelidade. A Bíblia ensina que nem riqueza, nem pobreza, por si só, nos faz melhor servos de Deus. É bom ter o suficiente, mas não o excesso (Provérbios 30:7-9). Jesus nos ensinou a orar pela porção de cada dia, “o pão nosso”. E Paulo aprendeu e ensinou isto: “Não digo isto por causa de necessidade, porque já aprendi a contentar-me com as circunstâncias em que me encontre. Sei passar falta, e sei também ter abundância; em toda maneira e em todas as coisas estou experimentado, tanto em ter fartura, como em passar fome; tanto em ter abundância, como em padecer necessidade. Posso todas as coisas naquele que me fortalece” (Filipenses 4.11-13).
Logo, ser feliz ou infeliz depende da forma como eu gerenciar o “meu dinheiro”. Há pessoas que recebem apenas um salário mínimo por mês e são felizes. Elas são gratas a Deus, como mencionou Paulo, aprenderam a gastar o que possuem, são ótimas administradoras, nada lhes falta, são fiéis nos seus dízimos. Aliás, por vezes, as pessoas de salários inferiores são proporcionalmente mais fiéis nas contribuições para a igreja do que as mais favorecidas.
Conclusão: o “meu dinheiro” vem de Deus, é suficiente para minha vida, deve ser gerenciado com sabedoria e gratidão a Ele.
Rev. Iziquiel Mathias da Rocha – 13/07/2014