CONTRIBUIÇÃO: UM DEVER SAGRADO

O Cristão é possuidor temporário, não verdadeiro dono e senhor dos bens terrestres que se acham em suas mãos. Somos apenas administradores. “E que tens tu que não tenhas recebido? E se recebeste, por que te glorias, como se não houveras recebido?” (I Cor. 4.7).

Outro princípio é o de que os cristãos “não vivem mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (II Cor. 5.15). Logo, os cristãos movidos pelo Espírito Santo, preocupam-se em servir a Deus e ao próximo com seus dons e seus bens.

Deus tem direito de propriedade sobre nós, muito mais do que tinham os antigos senhores sobre seus escravos. “Por que fostes comprados por bom preço, glorificai, pois, a Deus no vosso e corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (I Cor. 6.20).

Ser geração eleita, povo adquirido são qualificativos elevados que Deus nos dá. (I Ped. 2.9). Isso é nada menos do que nos considerarmos propriedade do Senhor para louvor de Sua glória. E os nossos bens terrestres, que, indubitavelmente, muito menos valor tem do que nosso corpo e nossa vida, não serão incluídos aí também? A propriedade e o ganho do escravo não são seus, mas do seu senhor.

À luz das divinas verdades acima, a grande questão para o crente será então, não tanto o dar, mas a quantia de tudo que o Senhor lhe dá para administrar, o quanto o cristão reterá para seu uso particular.

Um grande número de cristãos, porém, dispõem de seus bens como se a eles unicamente pertencem o primeiro e último direito da disposição de seus bens terrestres, ignorando completamente aquele que lhes concedeu tudo.

Nosso dever é instruir-nos pela palavra de Deus a fim de sabermos de que maneira o Senhor quer que empreguemos os recursos que Ele nos concede administrar. Quando Deus nos coloca na posição de doadores (At. 20.35), é apenas mais uma prova de Sua bondade.

A compreensão das verdades acima é que, ao longo da história da igreja, pessoas de classes e condições mais humildes têm dado prova de sua fidelidade a Deus, sustentando a igreja com os poucos haveres deles. Empregados domésticos, trabalhadores braçais, operários da indústria, viúvas, pensionistas, fazem suas contribuições com liberalidade e alegria.

Jhon Wesley, fundador da Igreja Metodista, dizia: “Ganhe o quanto puder, economize o quanto puder, e dê o quanto puder”. Quando ele ganhava 30 libras esterlinas, dava 2 para a igreja; quando ganhava 32, dava 4; quando chegou a ganhar 92 libras, ficava com apenas 28 e dava a maior parte. É exemplo para nós.

Rev. Iziquiel Mathias da Rocha – 08/02/2015

Deixe um comentário