Nas igrejas reformadas, no dia 31 de outubro comemora-se o “Dia da Reforma Religiosa”, visto que nesse dia do ano de 1517, Martinho Lutero afixou as “95 teses” nas portas da Catedral de Witenberg, na Alemanha, protestando contra alguns erros da igreja, principalmente a venda das “indulgências”. Essa é data comemorativa na Constituição e Ordem da Igreja Presbiteriana Conservadora, que deve ser lembrada, comemorada e sua posição reafirmada.
A igreja nasceu para ser vitoriosa. O Senhor Jesus disse: “…edificarei a minha igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mat. 16. 18). E segundo o Livro de Atos, a igreja começa com os 12 apóstolos, 120 esperam pelo pentecoste, com a descida o Espírito santo 3.000 se converteram com o sermão de Pedro, o número sobe para quase 5.000 com a cura do paralítico da porta do templo e não parou mais. Diz-se que o número de cristãos no mundo, no final do primeiro século, já era de meio milhão; no segundo século, chega a 2 milhões; no terceiro século, 5 milhões; e no quarto século, já alcançava a impressionante marca de 10 milhões.
O Cristianismo torna-se uma força visível e invencível que se impunha tanto pelo seu número como pela moral de seus membros. A grande jogada política para garantir o poder do Império Romano foi favorecer os cristãos. No ano 380, com o Imperador Teodósio, o Cristianismo alcançou o status de religião oficial do Estado.
Com os privilégios da igreja veio também o afastamento da Palavra de Deus. O imperador passa a ser o chefe da igreja, cria-se a hierarquia clerical, a simonia, a missa, o altar, a vela, oração pelos mortos, culto à Maria e a outros santos, o purgatório, as penitências e a negação frontal das verdades bíblicas culmina com a venda das indulgências, coisa que mais irritou Lutero.
O propósito da Reforma foi o de reconduzir a igreja fundada pelo Senhor Jesus no caminho traçado por Ele; e não fundar uma nova igreja. Os reformadores retornaram à Palavra de Deus e entenderam que é responsabilidade do povo de Deus “batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos”.
Como igreja reformada, cremos e defendemos os princípios que fundamentaram a fé e as ações dos reformadores, por entendermos que a Reforma teve como alicerce a Palavra de Deus, não a opinião de homens. Reafirmamos, portanto, como fundamentos bíblicos: “somente a Bíblia” como regra de fé e conduta; “somente Cristo” como Salvador e intercessor; “somente a graça” de Deus garante salvação; “somente pela fé” o pecador usufrui da graça de Deus, não por obras; “somente Deus” merece glória, honra, louvor, culto, nem um outro ser ou pessoa. Glória a Deus!
Iziquiel Mathias da Rocha – 02/11/2014