No jardim do Éden havia uma árvore. Não sabemos que espécie de árvore era, pois a história de que era uma macieira não tem na Bíblia prova nenhuma. Mas era uma árvore importante e desempenhou um papel importante num ato da “providência especial” de Deus. Adão estava em meio a muitos arranjos providenciais feitos por Deus para ele. Mas mesmo as coisas estando bem –- mesmo tendo abundância e conforto –- Deus impôs a Adão uma ordem positiva: “mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Ge. 2.17).
Esse ato especial de providência foi o Instrutor de Adão. Era para ensinar a Adão certas coisas que ele devia saber. Era para ensinar o domínio próprio. Era para ensinar-lhe que embora fosse o senhor das criaturas, ainda assim ele era súdito de Deus. Era para ensinar-lhe que devia obedecer a Deus sem questionamento. O teste do Bem e do Mal é simplesmente obediência ou desobediência à vontade de Deus. Depois de colocar Adão no jardim e dar-lhe de tudo, Deus, afirma A.A. Hodge, “reduziu o teste ao mais simples e mais fácil –- o simples teste de uma violação pessoal da lei, um teste de obediência leal simplesmente”. Adão foi reprovado no teste e Cristo veio mais tarde para fazer o que Adão deixou de fazer.
Esse teste de obediência leal é o teste sob o qual estamos hoje. Se somos salvos pela graça, a palavra de Deus a nós é essa: “Nem todo que me diz: Senhor, Senhor, entrará no reino dos Céus, mas aquele que a vontade de meu Pai que está nos céus” (Mat. 7.21). É verdade que nossa entrada no céu não acontece por méritos nossos e sim pela graça de Deus. Mas é verdade que a pessoa nascida de novo pelo espírito de Deus será uma pessoa que ama a palavra de Deus e busca, pela ajuda de Deus, seguir os mandamentos dele.
Um bom mandamento para o cristão seguir é: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus” ( I Cor. 10 31). Aqui está o nosso teste de obediência leal que nos ensina a exercer domínio próprio; ensina que somos súditos de Deus e que devemos obedecer a Ele e fazer tudo para a glória dele. Seja o que for que estejamos para fazer, precisamos nos perguntar: “Isso pode ser feito em nome de Jesus?” “Podemos fazê-lo expressando a deus nossa gratidão e pedir sua bênção sobre essa ação?” Como pecadores salvos pela graça, estamos buscando a vontade de deus em todas as coisas?” (Fp. 4.8-9).
Leonard T. Van Horn (Estudos no Breve Catecismo de Westminster)