A reconciliação é a solução de um grande problema, o fim de uma inimizade, o recomeço de um sonho ou de uma realidade feliz. A reconciliação se faz necessária quando há uma ruptura no relacionamento de cônjuges, de namorados, de pais e filhos, entre amigos. Após o rompimento, cada qual segue o seu caminho, mas levam consigo a tristeza, a mágoa e o ressentimento. Só a reconciliação pode curar os males de um relacionamento quebrado. Adão e Eva viviam em um paraíso. O relacionamento deles era perfeito, visto que o pecado ainda não havia atingido o ser humano. Adão estava muito feliz com seu casamento. Ele admirava muito sua mulher e a elogiava: “esta é carne da minha carne e ossos dos meus ossos”, disse ele.
A vida ali era maravilhosa, tinham um trabalho prazeroso, não sabiam o que era o desentendimento, a falsidade, a desconfiança, o ciúme, a desonestidade, a violência, maldade enfim. Só prazer e alegria.
Tudo ali foi um presente de Deus. Primeiro Ele fez o jardim, um paraíso com as mais lindas flores coloridas e perfumadas, os frutos mais deliciosos, a alimentação saudável, o clima agradável e temperado, sem o calor ou frio excessivo, sem as tempestades. A palavra é sempre: “um paraíso”. E a mulher foi um dos grandes presentes para completar o homem.
Deus fez Eva de parte do corpo do homem. Era o melhor da criação que Adão podia ver e tocar. Aliás, logo que criou o homem, Deus viu que a solidão não era uma coisa boa, por isso criou a mulher. Deus criou o casamento, uma comunhão plena entre um homem e uma mulher. Ele disse que Eva seria uma “companheira idônea”, isto é, no mesmo nível de Adão, capaz de perceber os sentimentos dele, de agradar-lhe, de dialogar com ele, um relacionamento de satisfação plena e mútua.
Adão e Eva desobedeceram a Deus. Deus lhes deu toda liberdade, concedeu-lhes o privilégio da procriação, da administração e de desfrutar de tudo que os rodeava, deixando-lhes apenas um teste de obediência: “não comer do fruto de uma determinada árvore do jardim”. Esta era uma prova de fidelidade ao Criador na qual o ser humano foi reprovado e trouxe ao mundo a inimizade.
As consequências de um relacionamento quebrado surgiram ali. A tendência de ocultar o erro, culpar o outro, resolver o problema à sua maneira e, por fim, afastar-se de Deus. Assim ocorre até hoje.
A reconciliação é ensinada em toda a Palavra de Deus. Ela começa com a confissão de pecado, perdão ao outro, desejo de um recomeço, a reparação do erro (se possível), não ficar trazendo de volta o passado e ter um compromisso sério com Deus. A verdadeira reconciliação só é possível tendo a Jesus como Salvador.
Iziquiel Mathias da Rocha – 18/01/2015