“Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue” (Atos 20.28)
Na mensagem anterior, destacamos a liderança da igreja primitiva e o seu Primeiro Concílio. O povo de Deus em todos os tempos teve uma organização e consequentemente seus líderes.
No Velho testamento, havia os profetas que traziam a mensagem de Deus ao povo e os orientavam no caminho do Senhor. As leis e mensagens de Deus eram ensinadas aos filhos pelos seus pais e ao povo pelos levitas. Os sacerdotes ofereciam os sacrifícios e intercediam pelo povo. Os juízes participavam no governo e na aplicação das penas aos que se desviavam da lei de Deus. Os próprios reis deviam agir de acordo com a revelação de Deus. Variedade de funções, porém todos submissos à lei de Deus.
No Novo Testamento, os judeus que rejeitaram ao Senhor Jesus continuaram com seu formalismo, tendo sacerdotes, escribas e fariseus. Mas a igreja cristã, conforme o ensino do Senhor Jesus e de seus apóstolos, compreendeu que a hierarquia do Velho Testamento e a Lei Cerimonial se cumpriram em Cristo. A partir de Jesus se estabelece um culto totalmente sem as formalidades do Velho Testamento. O Pentecoste marca um novo tempo, um novo estado na vida do povo de Deus. Ainda assim, a igreja é uma instituição que demanda uma liderança. Todo grupo social exige uma organização, um governo, para a boa ordem e a consecução de seus objetivos.
Com isso em mente é que o apóstolo Paulo diz que os líderes deviam cuidar de si mesmos e do rebanho de Deus. Ser um líder na igreja é um enorme privilégio. A igreja é de Deus, comprada por preço de sangue, o Espírito Santo é quem constitui o líder, isto é, escolhe e o capacita para liderar. Se é privilégio, é também responsabilidade. Todos que ocupam um cargo estão investidos pelo Espírito Santo e em uma relação direta com Deus. É a Ele que devemos prestar contas dos nossos atos. E Deus é jus-to, misericordioso, mas não menos exigente do que a comunidade a que servimos.
“Servi ao Senhor com alegria…”, diz o salmista (Salmo 100). Esta é uma característica de quem desempenha o seu cargo com prazer e para a glória de Deus. “A alegria no Senhor é a nossa força”, disse Neemias. As tarefas mais pesadas não nos desanimam. E para executá-las, a força vem do Senhor. A alegria no trabalho é fruto da gratidão e do amor ao Bondoso Deus.
Rev. Iziquiel Mathias da Rocha
05-05-2013