A REFORMA RELIGIOSA – II

A igreja de Cristo nasceu para ser vitoriosa. Em 31 de outubro comemora-se o “Dia da Reforma Religiosa do Século XVI”, dia em que Martinho Lutero afixou as 95 teses nas portas da Catedral de Witenberg, na Alemanha, apontando erros que a igreja estava cometendo, principalmente, o da venda das “Indulgências”.

Sob o domínio do Império Romano nasceu a igreja cristã. Esse império dominou grande parte do mundo durante séculos. É inegável que promoveu progresso e que facilitou a comunicação mundial, porém, o império cometia atrocidades para se manter. A própria morte do Senhor Jesus foi um ato político para agradar os judeus.
A morte de milhares de cristãos foi igualmente por motivos absurdos. As acusações contra os cristãos eram de que eles se recusavam a cultuar os deuses pagãos e se negavam também a adorar o imperador.

A violência nos primeiros séculos da era cristã era intensa. Em 240 anos, houve 10 perseguições terríveis com sacrifícios brutais, mortes sanguinolentas. Roma começava entrar em decadência, o império foi dividido, corrupção de toda ordem e anarquia política cresciam. Só nos anos 235 a 285, houve 26 imperadores romanos, dentre eles Nero e Calígula. Apenas um teve morte natural, os demais foram assassinados. Naquele contexto infernal, cristãos eram mortos aos milhares na guilhotina, na fogueira, nas arenas ou por apedrejamento, mas, ainda assim, a igreja experimentava pleno progresso.

O número de cristãos no mundo, no final do primeiro século, já era de meio milhão; no segundo século, chega a 2 milhões; no terceiro século, 5 milhões; e no quarto século, já alcançava a impressionante marca de 10 milhões.

O Cristianismo torna-se uma força visível e invencível que se impunha tanto pelo seu número como pela moral de seus membros. A grande jogada política para garantir o poder do império foi favorecer os cristãos. Então, em 311, Galério, imperador do oriente, publica o “Edito de Tolerância”, o qual proibia a perseguição dos cristãos. E, em 13 de junho de 313, foi promulgado pelo imperador Constantino, o “Edito de Milão” que assegurou a tolerância e liberdade de culto aos cristãos, em todo o território do Império Romano. No ano 380, com o Imperador Teodósio, o Cristianismo alcançou o status de religião oficial do Estado. Logo, o Cristianismo passou a ser visto como um elemento de coesão do Império, um fator de unidade do Ocidente.

A igreja ganhou poder político, todavia perdeu poder espiritual. A “era Constantino” trouxe benefícios, mas foi a partir daí que se introduziram os piores pecados na igreja os quais, séculos mais tarde, deram ocasião à Reforma Religiosa.
Em todos os tempos a igreja enfrentou batalhas terríveis, mas o poder de Deus foi evidente nos momentos cruciais da vida dos cristãos e de seus líderes. Confirma-se o propósito do Senhor Jesus: “…edificarei a minha igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela” (Mat.16.18b).

Rev. Iziquiel Mathias Rocha

06/10/2012

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