Um homem novo, riquíssimo, família maravilhosa, filhos, amigos, assim era Jó. Em pleno vigor da vida, já havia conquistado tudo que o ser humano pode conquistar ou desejar. Além disso, era um homem cujo exemplo de fidelidade foi exaltado pelo próprio Deus, como: “meu servo Jó, homem íntegro e reto, temente a Deus e que se desvia do mal, ninguém há na terra semelhante a ele.” (Jó 1.8). Jó é um dos personagens mais impressionantes da Bíblia, cujo nome é lembrado sempre como o homem que permaneceu fiel a Deus quando tudo conspirava contra ele. Satanás lançou todo tipo de tentação para que Jó deixasse sua fidelidade a Deus.
Sua riqueza, em pouco tempo se acabou, destruída pelo fogo; os filhos morreram; seus melhores amigos tornaram-se seus acusadores de pecados ocultos; sua saúde ficou péssima, com feridas, tumores podres, fétidos e com dores horríveis e intermitentes; em suma, tão dolorosas e terríveis foram suas experiências que sua esposa o aconselhou: “amaldiçoa o teu Deus e morre”.
No livro de Jó, ninguém compreendia como um filho de Deus fiel poderia sofrer tanto. Segundo seus amigos, só pecados secretos poderiam explicar a mão de Deus pesando tanto sobre Jó. Então eles, duvidando da integridade de Jó, pressionavam-no a confessar seu pecado. Jó, porém, estava tranquilo diante de Deus, porque tinha profunda experiência com Deus. Ele mantinha a inabalável certeza da superação desses problemas. Ele disse: “…eu sei que o meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra. Depois, revestido este meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, os meus olhos o verão, e não outros…” (Jó 19.25-27).
Jó tinha uma vida de fé, de fidelidade, de oração e jejum, de testemunho notórios, e o resultado foi uma recompensa que não se pode medir. Deus restituiu-lhe a saúde, deu-lhe outros filhos lindos, devolveu-lhe a riqueza em dobro e, ainda, revelou-lhe coisas gloriosas, por isso disse Jó: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus olhos te veem” (42.5).
Deus se tornou ainda mais real na vida de Jó, através das duras experiências. No sofrimento, Deus se tornou mais conhecido. Se Deus permitir sofrimento aos seus filhos, este será temporário e redundará em bênção maior. Justos também sofrem, mas são libertos e
fortalecidos por Deus. O poder de Satanás é limitado e se Deus diz: “não toques”, ele não toca (I João 5.18). Mesmo quando tudo parece contra nós, Deus está conosco e tem recompensas gloriosas para nós (Jó 42.2).
Que coisa gloriosa em nossa experiência de vida poder dizer como Jó: “…agora os meus olhos te veem”, Senhor!
Iziquiel Mathias da Rocha – 26/10/2014