“Busquei ao Senhor, e Ele me respondeu, e de todos os meus temores me livrou” (Sl.34.4).
Dois homens iam à mesma padaria diariamente buscar pão. O primeiro sempre pagou pelo pão. O segundo nunca pagou pelo pão, porque diariamente pedia ao padeiro que lhe desse pão de graça. Certo dia, o cliente pagante reclamou: “Faz tanto tempo que compro aqui e sempre paguei pelo pão, mas meu vizinho sempre recebe pão de graça… ele pode pagar. Por que ele recebe pão de graça e eu tenho que pagar?”
O padeiro respondeu: “A diferença entre vocês é que ele sempre vem aqui seguro de que, se pedir, receberá pão de graça. Ele já sabe que tenho bom coração e gosto de ajudar os outros, independentemente de quem seja. Ele acredita que lhe darei o que está pedindo, e sendo eu o dono do pão, dou a quem eu quiser. Você, ao contrário, sempre vem aqui disposto a pagar.”
Nossa relação com Deus pode parecer com essa ilustração. Há pessoas que não crescem na fé e no amor de Deus porque sempre querem “pagar” pela graça recebida. Elas ficam indignadas quando alguém é abençoado sem oferecer a Deus algo em troca. O infiel se recusa a viver do favor do Senhor. Faz boas obras e penitência para não ficar “devendo nada” a Deus; sempre quer compensar o bem recebido.
Outros, porém, sabem que Deus é bom; que todas as bênçãos necessárias à vida estão nas mãos de Deus; que Ele tem prazer em abençoar todos os aspectos da sua vida; que as bênçãos de Deus são impagáveis e podem ser recebidas pela fé em Cristo Jesus, o canal para todas as graças de Deus chegarem até nós.
No tempo em que os cristãos eram perseguidos na Romênia, um deles foi especialmente vigiado por exercer uma grande atividade no evangelismo. Suspeitando que seria preso em breve, fugiu para uma montanha. Havia lobos naquele lugar, mas temendo as ameaças dos homens foi para lá. Era inverno, uma noite especialmente fria, sem conseguir se aquecer; orou: “Senhor, já não posso mais resistir ao frio. Um cobertor me faz muita falta…” e, esgotado, dormiu. Acordou quando o sol já estava alto. Ao se mexer em sua cama de folhas secas, um animal estendido ao seu lado se levantou rapidamente e desapareceu na floresta. Seria um lobo, um cão selvagem, um urso… não importava. Deus respondeu sua oração e lhe enviou um cobertor especial para esquentá-lo. Perguntamos: A quem ele pagaria essa bênção? De que forma? Somente agradecendo e louvando a Deus. E foi esse seu pagamento aceito pelo Deus que responde as orações.
Rev. Erotilde Cerqueira
Pastor da Ig. P. Conservadora de Caldas Novas-GO