Gutemberg com a invenção da imprensa na Alemanha do século XV inicia a grande revolução na comunicação humana. A publicação de livros, folhetos, jornais veio contribuir para um avanço sem medida nos registros e disseminação do conhecimento. Isso foi algo de incalculável valor para a humanidade.
A partir daí, a comunicação vai se multiplicando e tornando-se um instrumento ao alcance de todos; a comunicação de massa ou “mídia”. A palavra “mídia” vem do Latim e significa “meios”. Ela abarca todos meios de comunicação desde jornais, revistas, rádio, televisão, cinema, indústria de discos e livros. Hoje a televisão e a internet são os veículos mais poderosos para alcançar as massas e influenciar ou determinar comportamentos sociais.
A influência da mídia faz do mundo uma aldeia global, ou seja, o mundo tornou-se uma só comunidade. Passamos a ser cidadãos do mundo e perdemos nossas raízes. Os valores, princípios morais, espirituais, sociais e familiares tão salutares vão sendo trocados, modificados ou simplesmente abolidos. Diminui em nós o senso de cidadania, de cristãos bíblicos, de membros de uma família, levando ao declínio as instituições.
Os ideais propostos pela mídia, principalmente, da televisão, cinema e internet, são elevados. Prega-se que a função da mídia é: fornecer informação; oferecer educação; possibilitar entretenimento. Devemos reconhecer que os meios de comunicação trouxeram para o povo aquilo que era privilégio de alguns.
Mas ela prejudica os relacionamentos. O ser humano está cada vez menos sociável. Já se disse que “a tecnologia aproxima as pessoas distantes, mas afasta as mais próximas”. As pessoas passam horas na televisão, na internet ou no celular e outros e se esquecem dos familiares e falam o mínimo necessário.
Os conteúdos, no geral, visam alcançar e manipular as camadas mais baixas da sociedade para o consumismo. A exploração comercial é absurda através das propagandas e até da interatividade, ludibriando e seduzindo até pessoas esclarecidas. No cinema, na televisão, na internet tem boas informações, tem entretenimento e tem educação, mas pouca matéria é séria e inteligente, comparada ao percentual de apelo à violência, ao sexo ou cenas picantes.
A influência da mídia é mais danosa nos jovens e nas crianças. Produz efeitos negativos na aprendizagem dos estudantes, diminuindo a habilidade criativa e limitando a capacidade imaginativa, levando a comportamentos passivos.
O cristão deve ter um mínimo de responsabilidade na escolha daquilo que ele e sua família vê e ouve. É imperativo que tenhamos senso crítico para avaliar o que está entrando em nosso lar e assumirmos a postura de Paulo: “todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei do-minar por nenhuma delas” (I Cor. 6.12).
Rev. Iziquiel Mathias da Rocha
18/05/2014