“Filho meu, guarde o mandamento de seu pai e não deixe a instrução de sua mãe; ate-os perpetuamente ao seu coração, pendure-os ao pescoço. Quando caminhar, isso lhe guiará; quando se deitar, lhe guardará; quando acordar, falará com você.” (Prov. 6.20-21).
Certo jovem cansou-se da companhia de seus pais. Decidiu ir para bem longe, onde nem suas notícias fossem possíveis. Ele queria liberdade total, ter muitos amigos, passar grandes noitadas em festa, muita bebida, diversões, orgia, pouca responsabilidade e pouco trabalho. Assim ele o fez, deixou sua família desapareceu no mundo.
No dia de sua partida, sua mãe tentou demovê-lo da ideia. Aconselhou-o a fazer apenas um passeio e retornar para casa em breve, mas ele estava insensível e irredutível. Ela ainda o ajudou a arrumar as malas. Ele tinha roupas boas, bem cuidadas, lavadas, passadas e dobradas com todo carinho pela mãe. Antes de fechar a mala, sua mãe lhe mostrou uma Bíblia e a pôs ali, dizendo: “meu filho, se algum dia você estiver em apuros, leia esta Bíblia!” Palavras que ele parece nem ter ouvido. Em meio a choro de sua mãe, abraços e beijos, ele, tranquilamente, se foi.
Esse jovem possuía um bom dinheiro e sua mãe ainda lhe dera mais algum, pois a família tinha posição financeira favorecida. Aliás, até por isso não entendiam por que o rapaz iria embora. Numa cidade distante, alugou uma boa casa, conseguiu excelente emprego, posição social, “amigos”, porém envolveu-se com más companhias, começou a gastar todo dinheiro, tornou-se um alcoólatra.
Logo começou a decadência. Perdeu emprego, amigos, vendeu a própria roupa, não pode mais pagar o aluguel, foi morar na rua, passava fome, só vivia embriagado, dormindo em qualquer lugar. Desespero… o cúmulo da miséria.
Decidiu, então, dar fim à própria vida. O suicídio seria a grande solução, pensou. Com esse maligno intento, abriu uma envelhecida maleta que a-inda trouxera de casa. Ali encontrou aquela Bíblia de sua mãe e lembrou-se: “meu filho, se algum dia você estiver em apuros, leia esta Bíblia!” Ele a abriu e havia um envelope dizendo: “Nunca é tarde para recomeçar! Eu lhe espero em casa.” Naquela Bíblia ele encontrou um tesouro: a declaração de amor de sua mãe, dinheiro para voltar para casa, e, principalmente, a salvação de sua alma.
A oração da mãe foi ouvida por Deus. A imagem da mãe cristã amorosa foi tão forte que o moço retornou para casa imediatamente. Ao abraçar a mãe, confessou seu pecado e sua ingratidão e fez o propósito se seguir para sempre o Jesus que sua mãe seguia. Mãe, sua fé e amor serão re-compensados. Filhos, para sua felicidade, “não deixem a instrução de sua mãe.”
Rev. Iziquiel Mathias da Rocha
26/05/2013