O DRAMA DA ENFERMIDADE

Diante da enfermidade a pessoa se vê tolhida de sua liberdade de ser ela mesma, não pode desempenhar suas atividades e sente-se ameaçada quanto a seu viver ou futuro. A reação diante de tudo isso é uma atitude psicológica chamada mecanismo de defesa, classificada como inconsciente. O paciente se torna dependente dos outros, sem autonomia, adotando atitudes infantis, exagerando desproporcionalmente a gravidade do seu caso; reclama sem fundamento e constantemente do atendimento e da alimentação; queixa-se de que os parentes ou conhecidos não o visitam.

Impulsos e as emoções censuradas como impróprias assumem uma forma de expressão contrária, aceitável para o consciente. No caso de doenças longas ou piora gradativa, o paciente afirma que está sendo perseguido pelos funcionários do hospital, adotando uma atitude defensiva e agressiva, pois estes representam sofrimento para ele. Pragueja, xinga, acusa os familiares de falta de interesse, que os médicos são irresponsáveis.

Ao tomar conhecimento do diagnóstico de doença incurável ou de certa gravidade, a pessoa leva um choque. Ela apela para a negação, isto é, recusa-se a aceitar que esse problema de saúde é dele. A negação funciona como uma proteção contra a angústia. Ele acha que o resultado está errado, que outro médico deve ser procurado e continua tentando viver como se a enfermidade não existisse, evitando falar sobre o assunto. A negação pode ocorrer em crentes que adotam uma atitude triunfalista ao afirmarem: “Em nome de Jesus já estou curado, Deus não permitirá que eu seja operado”. Outra reação é o sentimento de revolta ou raiva. A pessoa passa a ter inveja da boa saúde dos outros. As visitas dos familiares são recebidas sem entusiasmo. A reação deles é de choro, pesar, culpa e humilhação. Alguns evitam as visitas, aumentando a mágoa e a raiva do paciente.

Alguns chegam à depressão, cujos sinais são os seguintes: humor triste, falta de interesse em tudo que o cerca, até em saber informações sobre seu estado clínico; apetite diminuído, insônia ou sonolência exacerbada, agitação ou lentidão psicomotora, sentimento de culpa e desvalia, dificuldade de pensar e de se concentrar, pensamento recorrente a morte. O enfermo e familiares precisam de solidariedade, consolo, conforto e esperança. Devemos levar-lhes a mensagem de que Jesus deseja lhe dar saúde total, tanto no corpo como na alma, pois Ele disse: “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância“ (João 10:10).

Rev. IZIQUIEL DA ROCHA

Deixe um comentário