“Do Senhor é a terra e tudo o que nela existe, o mundo e os que nele vivem; pois foi ele quem fundou-a sobre os mares e firmou-a sobre as águas.”
(Sal.24.1). 

“Mordomo” é a pessoa que administra bens de outro. É aquele que tem sob seus cuidados casa, propriedade ou negócios de terceiros. Deve ser alguém que desfruta do privilégio de cuidar, dispor, fazer mudanças, fazer produzir ou zelar por aquilo que alguém lhe confiou. É alguém de inteira confiança do proprietário.

Um exemplo bíblico de mordomo é José do Egito. Ele foi comprado por Potifar para trabalhar em sua casa. Quem sabia de todas as coisas naquela casa e dos negócios daquele senhor era José. Tudo estava nas mãos de José, mas este não era o dono; era apenas o administrador.

O cristão também deve ter a mesma consciência em relação aos bens materiais. Deus é o senhor e o proprietário de tudo: “Do senhor é aterra e tudo o que nela existe…” Os homens disputam, brigam e se matam por um palmo de terra, mas a terra é do Senhor. Ele nunca deu título definitivo de propriedade a ninguém. Os homens detêm um direito temporário de uso da terra e dos bens. Logo eles se vão e deixam tudo. Não podem ficar aqui o quanto gostariam e nem levar consigo os bens acumulados. O Senhor entregará seus bens a outros usuários.
Deus é o proprietário por direito de criação: “Ele a fundou sobre os mares e a firmou sobre os rios…”. É Deus quem sustenta o universo com sua variedade de criação. Paulo disse lá em Atenas: “Nele nós vivemos nos movemos e existimos.” A vida é garantida pelo Senhor, desde o ar que respiramos, a chuva, o sol, as estações, enfim, tudo se mantém, produz e se reproduz, pela providência de Deus.

Mas o aspecto mais importante ainda é que Jesus nos comprou ali na cruz (I Cor. 6.19-20). Somos do Senhor por direito de redenção. Somos o templo do Espírito Santo e vivemos para glorificar a Deus com nossa vida, nosso tempo, nossos talentos e com os bens que Ele deixou em nossas mãos.

O “Mordomo” consciente sabe que o Senhor é o possuidor do céu, da terra, de tudo que existe, inclusive do ser humano, por isso valoriza, administra bem e vive feliz com o que é e com o que faz.

O reconhecimento da soberania e da graça de Deus sobre no cristão desperta o senso de responsabilidade, de dependência do Senhor: “Eu sou criado, salvo e sustentado pelo Senhor.” Essa consciência leva o cristão a ser um mordomo fiel a Deus, por gratidão.

Rev. Iziquiel Mathias da Rocha

08/06/2014